Estar presencialmente no GTC foi algo muito diferente de tudo o que eu imaginava. Trabalhar aqui do Brasil para fazer o evento acontecer é uma coisa, mas estar lá presencialmente e ver a dimensão de tudo é algo completamente diferente. Para quem não conhece: GTC – GPU Technology Conference é o evento proprietário da NVIDIA, onde a empresa apresenta anualmente suas novidades e tendências do setor para o ano.
Nesta edição foi possível acompanhar presencialmente a imprensa brasileira e mexicana durante o evento, o que deu oportunidade à Sing Comunicação de estar lá próxima à Jensen Huang, fundador e CEO da NVIDIA. Na primeira oportunidade, não estivemos tão próximos assim, já que mais de 12 mil pessoas acompanharam o Keynote de abertura do evento realizado no SAP Center, em San José, na Califórnia. Mas, na sequência, foi possível participar do Q&A reservado aos jornalistas e, aí, sim, numa sala com menos de 100 pessoas, ouvir mais de perto o que Huang tinha a dizer!
Segundo o CEO da NVIDIA, na última Revolução Industrial, a matéria-prima que entrava na fábrica era água e o que saía era algo invisível chamado eletricidade. Agora, temos como matéria-prima os dados, e o que sai são os tokens de dados. Esse token também é invisível. E pode ser distribuído por todo o mundo. Para completar: é muito valioso. Assim como nas fábricas anteriores, os centros de dados entram nos custos das empresas, nas despesas operacionais e no gasto de capital. Pensa-se nisso como um custo. No entanto, as fábricas querem ganhar dinheiro. Assim, esse novo mundo tem uma nova IA generativa, um novo tipo de fábricas, fábricas de IA, e uma nova revolução industrial.
NVIDIA Blackwell, que permite que organizações de todo o mundo criem e executem IA generativa em tempo real em grandes modelos de linguagem com trilhões de parâmetros.
Visitar o Headquarters, em Santa Clara, também foi uma experiência inesquecível para quem acompanha a NVIDIA há mais de 13 anos, mesmo de longe (e por fotos), conheceu o prédio antigo e viu a transição para a nova sede. Os pixels, que estão no DNA da NVIDIA desde sempre, estão por toda a parte da Endeavor, Voyager, do parque e passagens que ligam os dois espaços que seguem a filosofia da empresa “sem barreiras e sem limites”. É tudo tão limpo, bem decorado, verde e iluminado, que nos faz sentir como bonequinhos em uma maquete, dada a dimensão da estrutura de todo o projeto. É tudo tão grandioso que é possível ver de dentro do avião quando você pousa ou decola de Santa Clara, dependendo do lado da aeronave que você estiver. E ainda há uma ponte que liga ao prédio antigo, que continua em operação com toda a parte de pesquisa e desenvolvimento a todo o vapor funcionando. O prédio é tão emblemático que, inclusive, pedimos para uma empresa especializada em impressão 3D desenvolvê-lo e presenteamos os jornalistas com uma réplica da Endeavor.
Não menos importante, em meio a tudo isso, o GTC seguia a todo o vapor com cerca de 900 apresentações acontecendo online e presencialmente. Além de todos os participantes que estavam com seus estandes montados no Expo Hall mostrando aos visitantes como a tecnologia “powered by NVIDIA” pode chegar a todos os mercados, desde robótica à saúde, passando por auto, varejo, entre tantos outros.
E por que para mim foi diferente fazer o evento do Brasil e estar em San José presencialmente? Porque daqui do Brasil você realmente não consegue ter a dimensão do evento, da quantidade de pessoas circulando e buscando informações nas palestras, do tamanho do centro de convenções, de todas as coisas que colocam na loja para vender e acabam em poucas horas, da falta de espaço para andar na feira dada a quantidade de pessoas visitando os estandes. Acredito que ainda há potencial para muitas empresas brasileiras se fazerem presentes, tanto como speakers como expositoras, porque mesmo nos estandes das empresas globais, não tinham porta-vozes brasileiros, o que impedia que atuássemos com os jornalistas aqui do Brasil – o mesmo para América Latina – ficando tudo muito restrito aos Estados Unidos. Mas, acreditamos que em breve mais gente daqui também usará inteligência artificial, consequentemente, mais NVIDIA e estará mais presente em eventos como esse.
Enfim, agora, mais do que nunca, se alguém busca indicação para um evento de “inovação”, pode colocar o GTC na lista, sem sombra de dúvidas porque todas as tendências relacionadas à inteligência artificial estavam lá. E fiquem de olho, porque já não sabemos mais se seguirá acontecendo tradicionalmente em San José, na Califórnia, justamente por conta da dimensão que o evento tomou neste último ano. Mais informações, o time Sing segue por aqui trabalhando intensamente em nvidia@singcomunica.com.br
Janaína Leme
17/04/2024