Influenciadores: Como ações podem contribuir para a imagem institucional das marcas

Ao longo dos últimos anos, a forma como as marcas se conecta com seus públicos passou por uma revolução. Na Sing Comunicação, estamos sempre atentos às novas tendências para ajudar nossos clientes a construírem conexões autênticas e duradouras. Nesse contexto, participamos do Lab de Comunicação para Ações com Influenciadores, promovido pela Aberje. 

 

O evento foi conduzido pelo professor Michel Blanco e contou com a participação de Isabela Paulucci (Petrobras), Letícia Afonso (Bayer) e César Rua (Vivo). Os palestrantes compartilharam estratégias que tiveram sucesso e outras que exigiram um reposicionamento da marca em relação às ações realizadas. 

 

Uma das maiores mudanças que tenho observado é a maneira como as marcas estão repensando suas parcerias com influenciadores. Em vez de focar apenas no alcance, a busca agora é por influenciadores que realmente contribuam para a construção da reputação e imagem institucional das marcas. 

 

Durante o evento, Michel Blanco destacou que, ao procurar influenciadores, é essencial priorizar a credibilidade e o alinhamento com os valores da marca. Não se trata apenas de encontrar alguém com milhões de seguidores, mas sim de buscar aqueles que possam representar, de maneira autêntica, o que a empresa deseja comunicar. 

 

Na Petrobras, Isabela Paulucci compartilhou uma estratégia interessante: a empresa fecha parceria com cerca de 80 influenciadores ao longo do ano, escolhendo cuidadosamente quem melhor representa sua imagem. Um dos destaques foi o projeto “Mochileiros”, seriado que engaja e comunica a proposta de valor da marca. O desafio, como ela mesma pontuou, é sempre alinhar o que a marca deseja transmitir com a forma como os influenciadores comunicam essa mensagem. Portanto, esse processo envolve um mapeamento profundo dos influenciadores, com uma análise cuidadosa para minimizar riscos e garantir que a imersão na cultura da marca seja completa. 

 

Outro caso interessante veio da Bayer, com Letícia Afonso, responsável pela comunicação externa da empresa. A marca passou por um processo de autoconhecimento, especialmente após enfrentar uma crise envolvendo o influenciador Vitor diCastro, relacionada a um caso de homofobia (após uma campanha a página da empresa recebeu muitas críticas pela parceria com o influenciador). Essa experiência ressaltou a importância de saber quais batalhas valem a pena serem compradas e a necessidade de manter sempre os valores inegociáveis da marca em mente. Esse tipo de aprendizado nos guia a ajudar nossos clientes a problematizarem questões internamente, sabendo que nem sempre será possível agradar a todos, mas que é importante estar preparado para as críticas. 

 

Outro ponto que me chamou a atenção na abordagem da Bayer foi o foco na qualidade em vez da quantidade. Em vez de buscar influenciadores em massa, eles agora priorizam aqueles que realmente agregam valor, baseando-se em dados e na performance dos conteúdos. 

 

Um exemplo adicional veio da Vivo, que encontrou uma maneira de utilizar influenciadores de forma interna, como parte de um projeto de gamificação entre seus 33 mil colaboradores. Por meio de uma rede social interna, os colaboradores recebem missões e, ao completá-las, são recompensados com reconhecimento e oportunidades de crescimento dentro da empresa. Essa estratégia, que foge da tradicional remuneração financeira, reforça que o verdadeiro valor está em construir uma cultura sólida e engajada. É uma lição valiosa para qualquer marca: contar histórias autênticas e criar conexões humanas é o que realmente faz a diferença. 

 

Com isso, observamos que estamos constantemente em busca de maneiras de aplicar essas práticas para nossos clientes. Sabemos que trabalhar com influenciadores exige uma curadoria cuidadosa e uma metodologia clara, que inclui pontuação, análise de temas e até mesmo a difícil arte de dizer "não" quando uma colaboração não faz sentido. Nosso objetivo é sempre priorizar o que realmente traz valor para a marca, construindo uma imagem institucional sólida que resista ao tempo. 

 

A chave está em entender que o marketing de influência vai muito além de números. Trata-se de construir relacionamentos que refletem os valores da empresa e contam sua história de forma autêntica. Estamos vivendo uma nova era da comunicação, onde influenciadores são mais do que porta-vozes – eles são parceiros estratégicos na construção de marcas mais humanas, conectadas e verdadeiras. 

 

Luiz Valloto 

Sing Comunicação 

 05/11/2024


Também encontrado em:


A Sing utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência, de acordo com a nossa política de privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.