Para eles, ano será sobre buscar apoio e empresas precisam criar parcerias com provedores de serviços em nuvem, serviços de armazenamento e análise de dados
Com o encerramento de 2023, os especialistas em IA da NVIDIA revelam 17 previsões destinadas a moldar o cenário tecnológico em 2024. Entre os nomes participantes da análise estão C-levels de diversas áreas da companhia como o vice-presidente de computação empresarial, Manuvir Das, o vice-presidente de hiperscala e HPC, Ian Buck, o vice-presidente de relações com desenvolvedores, chefe de mídia e entretenimento, Richard Kerris, o vice-presidente de Omniverse e tecnologia de simulação, Rev Lebaredian, a vice-presidente do setor de saúde, Kimberly Powell e o vice-presidente e gerente geral do setor automotivo, Xinzhou Wu.
Confira as principais previsões para cada setor:
Computação empresarial
Para Manuvir Das, vice-presidente de computação empresarial, a personalização é crucial para empresas, que agora buscam centenas de aplicações de IA adaptadas aos seus dados específicos. Esses modelos personalizados usam tecnologia RAG (geração aumentada por recuperação) para conexões precisas. Grandes empresas já estão construindo serviços de IA com essa abordagem.
O código aberto também impulsiona o avanço da IA integrando soluções para desafios específicos nos negócios. A combinação de modelos pré-existentes com dados privados leva a ganhos de produtividade e redução de custos. A IA será mais acessível em várias plataformas.
Em 2024, kits de desenvolvimento de software e APIs permitirão aos desenvolvedores personalizar modelos de IA com microsserviços, como RAG. Isso trará assistentes inteligentes e ferramentas de sumarização atualizadas para empresas, sem exigir grande infraestrutura. Os usuários terão acesso a aplicações mais adaptáveis às suas necessidades.
Computação de alto desempenho
Na visão de Ian Buck, vice-presidente de hiperscala e HPC, a inteligência artificial emergiu como uma nova arena de competição global, assemelhando-se à corrida espacial do passado. Cada país está em busca de estabelecer seu próprio centro de excelência para impulsionar avanços significativos em pesquisa e ciência, com o objetivo de melhorar seus respectivos Produtos Internos Brutos (PIB).
Segundo ele, com apenas algumas centenas de nós de computação acelerada, os países podem desenvolver rapidamente supercomputadores de IA em larga escala, altamente eficientes e poderosos. Os centros de excelência em IA, financiados pelo governo, têm o potencial de catalisar o crescimento econômico, criando oportunidades de emprego e fortalecendo programas universitários para formar a próxima geração de cientistas, pesquisadores e engenheiros.
A introdução da computação quântica também representa um avanço significativo. Empresas líderes estão planejando iniciar pesquisas nesse campo, impulsionadas por dois fatores cruciais: a capacidade de usar supercomputadores convencionais de IA para simular processadores quânticos e o surgimento de uma plataforma aberta e unificada para computação quântica híbrida, permitindo que os desenvolvedores usem linguagens de programação padrão, eliminando a necessidade de conhecimento especializado na criação de algoritmos quânticos.
Área de desenvolvimento, cinema e música
Richard Kerris, vice-presidente de relações com desenvolvedores e líder de mídia e entretenimento, enxerga uma democratização sem precedentes no campo do desenvolvimento. Para ele, em breve, quase qualquer pessoa, em qualquer lugar, terá a capacidade de se tornar um desenvolvedor. As antigas tradições que exigiam domínio de uma linguagem de programação específica para criar aplicações ou serviços estão se tornando obsoletas. Com a infraestrutura computacional cada vez mais focada nas linguagens de desenvolvimento de software, qualquer indivíduo será capaz de comandar a máquina para criar serviços e dar suporte a dispositivos, entre outras funcionalidades.
Enquanto as empresas ainda vão contratar desenvolvedores para construir e aprimorar modelos de IA e outras aplicações profissionais, espera-se uma expansão notável de oportunidades para pessoas com as habilidades certas criarem produtos e serviços personalizados. Esses indivíduos serão auxiliados por entradas de texto ou comandos de voz, simplificando as interações com os computadores por meio de instruções verbais.
Na esfera do cinema e da música, a chegada do primeiro longa-metragem gerado por IA irá transformar a indústria cinematográfica. Os criadores poderão explorar novos tipos e formas de entretenimento ao interagir com um computador por meio de texto, imagens ou vídeos, transformando imagens e vídeos em produtos inovadores. Embora alguns profissionais possam se preocupar com a substituição de suas habilidades, essas preocupações tendem a diminuir à medida que a IA generativa se aprimora, sendo treinada para tarefas específicas.
Metaverso e simulação tecnológica
Na área da simulação tecnológica, Rev Lebaredian, vice-presidente de Omniverse e tecnologia de simulação, antevê um horizonte repleto de inovações marcantes. Ele prevê duas mudanças de grande impacto que prometem redefinir o cenário tecnológico.
A primeira é o "Tradutor Universal do Metaverso", comparável ao HTML como a linguagem padrão da web 2D. A "Descrição Universal de Cena" (USD) está destinada a se tornar a linguagem primária e aberta para o mundo 3D. Sendo o padrão para descrever ambientes virtuais no metaverso, o USD permitirá que empresas e até mesmo consumidores transitem entre diferentes mundos 3D de maneira fluida e consistente, utilizando uma variedade de ferramentas, visualizadores e navegadores.
A segunda inovação é a habilidade de moldar a realidade por meio de digital twins. Essas tecnologias, reproduzem com precisão serviços e locais do mundo real, e prometem oferecer benefícios além de suas contrapartes físicas. Ele imagina um cenário onde múltiplos pares de tênis virtuais são vendidos em colaboração com uma empresa de jogos, permitindo testes de design antes mesmo do envio dos modelos para a fabricação. Essa abordagem não apenas economiza recursos e reduz o desperdício, mas também aumenta a eficiência operacional e a precisão nos processos industriais. Essas mudanças apontam para um futuro em que a realidade virtual e os modelos digitais desempenham um papel cada vez mais significativo em nosso cotidiano.
Setor de saúde
Kari Briski, vice-presidente do setor de saúde, destaca um panorama de avanços significativos impulsionados por grandes transformações nos modelos de linguagem.
Um dos pontos-chave é a ascensão das aplicações em grande escala dos modelos de linguagem (LLM). Essas pesquisas resultarão em novos tipos de aplicações práticas capazes de transformar idiomas, textos e até mesmo imagens em insights úteis, aplicáveis em diversas organizações, desde líderes empresariais até artistas. A demanda por personalização desses modelos crescerá, expandindo a expertise dos LLM para idiomas e dialetos além do inglês, abarcando domínios empresariais que variam desde a geração de descrições de catálogos até a sumarização de notas médicas. Além disso, os modelos de linguagem em grande escala e os dados estruturados serão aplicados a uma ampla gama de dados não rotulados, como fotos, gravações de áudio, tweets e mais.
Outro ponto crucial é a transformação dos centros de atendimento. O progresso na implementação de fluxos de trabalho de IA por voz trará uma flexibilidade em todas as etapas da interação com o cliente. Desde a modificação das arquiteturas de modelos até o ajuste fino com dados proprietários e a customização de pipelines.
Área automotiva
Para finalizar, Xinzhou Wu, vice-presidente e gerente geral do setor automotivo, prevê uma série de avanços significativos que revolucionarão a indústria automobilística.
Uma delas será a modernização do ciclo de produção de veículos. A indústria automotiva adotará ainda mais a IA generativa para criar renderizações fotorrealistas precisas, mostrando exatamente como um veículo se parecerá por dentro e por fora. Além disso, mais montadoras integrarão essa tecnologia em suas fábricas inteligentes, conectando ferramentas de design e engenharia para construir digital twins das instalações de produção. Isso reduzirá custos e otimizará operações sem a necessidade de interromper as linhas de produção.
A IA generativa também transformará a pesquisa e compra de veículos em experiências mais interativas. Desde configuradores de carros e visualizações em 3D até demonstrações em realidade aumentada e testes virtuais, os consumidores terão uma experiência de compra mais envolvente e prazerosa.
“Essas visões perspicazes significam a convergência de tecnologias de IA de ponta e seu impacto abrangente em diversos setores, abrindo caminho para um ano dinâmico e transformador pela frente. Estamos esperançosos que continuaremos aprimorando a tecnologia da NVIDIA para um ano ainda mais inovador. Essa é nossa missão”, reforça Marcio Aguiar, diretor da divisão Enterprise para América Latina.
Para conferir todas as previsões e especialistas que fizeram parte da pesquisa, clique aqui.
Sobre a NVIDIA
Desde sua fundação em 1993, a NVIDIA (NASDAQ: NVDA) tem sido pioneira em computação acelerada. A invenção da GPU pela empresa em 1999 estimulou o crescimento do mercado de games para PC, redefiniu a computação gráfica, iniciou a era da IA moderna e tem ajudado a digitalização industrial em todos os mercados. A NVIDIA agora é uma empresa de computação full-stack com soluções em escala de data center que estão revolucionando o setor. Mais informações em: https://blog.nvidia.com.br/.
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15/12/2023