Muito tem se falado sobre o conceito de Creator Economy nos últimos anos e seguimos acompanhando os relatórios e workshops da YOUPIX para estar por dentro do assunto ao longo de 2023. Para compartilhar um pouco desse conhecimento com vocês, separamos nesse blogpost um pouquinho do que traz o report anual – Vem aí 2024, que está repleto de informações importantíssimas para quem atua no mercado de marketing de influência assim como a Sing. O conteúdo da YOUPIX foi dividido em cinco macrotemas, sendo: Creator Economy 2.0, O ano da efetividade, P.O.V. Love, War das Plataformas e E aí, A.I.?
O Creator Economy 2.0 é a continuação do grande progresso que o novo setor traz para o mercado. Ao contrário do que muitos pensam, esse ramo não se trata apenas de um marketing de influência, e sim, parte de todo um ecossistema criado para encontrar formas de potencializar e ganhar dinheiro com os conteúdos publicados na internet, seja em formato de vídeo, texto, áudio, entre outros.
Como essas iniciativas estão amadurecendo para além das relações creators/marcas, o mercado tem movimentado milhões e ganhado força por meio de investimentos na área. Segundo a pesquisa da YOUPIX “ROI & Influência de 2023”, dobrou o número de marcas dispostas a investir mais de 1,5 milhões de reais em marketing de influência, sendo que 70% dos profissionais de multinacionais consideram os influenciadores importantes para suas estratégias. Ou seja, 2024 vem com otimismo para essa retomada de investimentos, mesmo com os desafios da crise mundial na economia.
Marcas de Creators habitando o mundo real também fazem parte deste novo momento 2.0 no setor. Muitos influenciadores da internet estão investindo em produtos tradicionais no mercado, o que vem preocupando empresas já consolidadas no mundo físico.
Essa tendência está em alta, visto que os públicos fiéis e engajados dos creators acompanham o trabalho deles em diversos ambientes, inclusive fora do âmbito conectado. Conforme mostra o conteúdo, apenas aqui no país, mais de 20 marcas de beleza foram criadas por influenciadoras brasileiras, e outros negócios de criadores se expandiram para diversos segmentos. Além disso, a Creator Economy 2.0 terá diversificação de modelos para os players locais, bem como a consolidação do mercado em iniciativas entre eles, com a regulação da atividade de influenciador.
Listado como o segundo macrotema do report, entre as tendências para 2024, está o ano da efetividade. Mensurar os resultados obtidos com os trabalhos realizados para diversas marcas tornou-se necessário para que a Creator Economy fosse considerada, de fato, um conceito que traz a profissionalização dos criadores.
Um dos grandes segredos para obter métricas mais satisfatórias dentro deste cenário é não controlar o conteúdo de acordo com que o que as agências e marcas pensam, e sim, entender qual a narrativa de como aquela comunidade do criador de conteúdo possui para criar as campanhas de forma mais efetivas. A co-criação também é bem-vista para que impulsione os resultados das ações.
A desintermediação também torna o investimento mais efetivo, já que agentes e agências se tornam obsoletas e desnecessárias se não atuarem como facilitadoras, promotoras e participantes ativos nessas relações. A profissionalização de creators também contribui para bons resultados, visto que a entrega de resultados não é opcional para quem quiser ter sucesso nesse mercado. Ao todo, são 20 milhões de creators no Brasil, como detalhado no report.
Além disso, é comum ouvirmos sobre as métricas de alcance, engajamento, comentários, porém o impacto na marca do trabalho do creator será mais um aspecto a ser pensado na hora de mensurar os resultados da ação.
A sigla P.O.V (point of view). em português conhecida como "ponto de vista”. tem sido cada vez mais utilizada nos posts das redes sociais, para sinalizar que o conteúdo contém a opinião do creator. Para a YOUPIX, o P.O.V Love se tornou em uma espécie de querido diário, em que os perfis são utilizados para registrar memórias que só importam para si mesmo.
Por conta desse uso demasiado da sigla, é possível constatar uma overdose de P.O.V, já que muitos pontos de vista são colocados em jogo, que podem não fazer sentido para várias pessoas e, ao mesmo tempo, resultando em cansaço de tantos posts com o mesmo efeito. Para as marcas, o P.O.V é essencial para convencer diversas comunidades de que aquele produto vale a pena ser consumido, e que abrange a particularidade de cada um que se interessa pelo que está sendo anunciado. Por isso, ao invés de manter apenas a sua opinião, como feito na publicidade de alguns anos atrás, hoje é preciso mais pontos de vista sobre o produto/serviço que sejam conectados com a mensagem da marca para impactar na conversão de vendas.
A tendência para esse macrotema é o P.O.V. vida real, com comunidades engajadas a partir do que é verdadeiro e se conecta com o "P.O.V Coletivo", que gera valor por ter significado para além da opinião de quem produz.
O WAR das plataformas também é discutido no report. Intitulado como Feed Geracional, os insights mostram que, pela primeira vez desde o surgimento das redes, todas as gerações estão online em alguma plataforma. A escolha de qual plataforma utilizar vai de acordo a relação com as redes e cada geração escolheu sua preferida.
As redes vão coexistir e continuar brigando por atenção, mesmo sabendo que a concentração é quase impossível. Vale ressaltar que o produto é o conteúdo, ou seja, a plataforma que melhor remunerar os creators terá sua preferência. Outra tendência bem colocada para 2024 é o TikTok, em que marcas e creators possuem grandes chances de migrar sua preferência para o conteúdo na plataforma de vídeos antes das outras redes.
As 10 redes sociais mais usadas no Brasil são: WhatsApp (169 mi), Youtube (142 mi), Instagram (113 mi), Facebook (100 mi), TikTok (100 mi), LinkedIn (63 mi), Messenger (62 mi), Kwai (48 mi), Pinterest (28 mi) e X (24 mi).
Para finalizar, a YOUPIX abordou o tema sobre inteligência artificial dentro do Creator Economy e mostra que não há motivos para entrar em pânico. A grande promessa da ferramenta dentro do setor é a otimização de trabalho, principalmente nos processos de criação, como em pautas, edição e criação de imagens e textos, por exemplo.
Ela também permitirá que os conteúdos possam ser gerados num volume nunca imaginado. A IA também vai interferir na vida útil aos avatares de marca, já que pode causar a redução dos custos em sua criação e deve funcionar como incentivo para as empresas. A junção entre os Unicórnios, IA e Creator Economy aumentará a quantidade de oportunidades dos creators, com muitas estratégias para estruturar, precificar e vender produtos e serviços.
Mesmo com todas as facilidades que a IA pode trazer para a Creator Economy em 2024, desconfiar será preciso, já que tudo pode ser o que não é, e o que é real também será questionado. A esperança está na regulação do uso da ferramenta, porém ainda não há data prevista para isso acontecer. Até lá, é preciso ter cautela, com a moderação de conteúdo gerado por IA.
O report completo está disponível em https://www.youpix.com.br/vem-ai-2024-download.
Jennifer Oliveira
Sing Comunicação
05/01/2024