*Carolina Garcia
O mês de março é marcado pelo Dia Internacional da Mulher e a Aberje –Associação Brasileira de Comunicação Empresarial – promoveu um evento para debater sobre a presença feminina no mercado de trabalho, as tendências e o papel da comunicação para a equidade de gênero. Com um mercado composto por 70% de mulheres, segundo levantamento da Aberje, a presença feminina em cargos de liderança ainda enfrenta desafios. O evento trouxe à tona a importância de envolver homens nessa conversa, reforçando que a equidade de gênero é uma pauta de toda a sociedade.
A discussão foi mediada por Philipe Deschamps, Gerente de Cultura e Comunicação Corporativa da State Grid Brazil e Diretor do Capítulo Aberje Rio de Janeiro, e contou com a participação de Ana Paula Rocha (Coordenadora de Marca e Reputação na Randoncorp e Diretora do Capítulo Aberje Rio Grande do Sul), Mônica Alvarez (Gerente de Comunicação Corporativa na Alubar Global Management e Diretora do Capítulo Aberje Amazônia), e Paula Hermont (Gerente de Interlocutores na Diretoria de Licenciamento Ambiental da Vale e Diretora do Capítulo Aberje Minas Gerais). O painel destacou como a comunicação pode ser um vetor de mudança, promovendo maior conscientização dentro das empresas e impactando a sociedade.
Desafios e estratégias para inclusão
As participantes compartilharam suas experiências no setor industrial, um ambiente tradicionalmente masculino, ressaltando a necessidade de sensibilizar lideranças para a inclusão feminina. Mônica Alvarez enfatizou a importância da sororidade e do desenvolvimento de redes de apoio dentro das empresas. Já Paula Hermont destacou a iniciativa da Vale em dobrar a participação feminina na empresa entre 2020 e 2024, mostrando como metas claras podem gerar impacto real.
O debate também abordou a inclusão de pessoas com deficiência, trazendo dados relevantes sobre a presença desse grupo no mercado de trabalho. Ana Paula Rocha destacou que, para além da legislação que exige cotas para PCDs, as empresas devem adotar uma postura ativa de escuta e adaptação para garantir a inclusão efetiva.
O papel da comunicação interna
Um dos principais pontos levantados foi a necessidade de fortalecer a comunicação interna para ampliar a percepção dos colaboradores sobre a importância da diversidade. Como apontado por Mônica, antes de se comunicar externamente, as empresas devem garantir que seus funcionários compreendam e apoiem essas iniciativas. Isso inclui treinamentos, fóruns de debate e campanhas de conscientização.
Evolução das discussões sobre diversidade
Refletindo sobre os avanços das últimas décadas, as participantes concordaram que, apesar de ainda haver um longo caminho a percorrer, o fato de essas pautas estarem cada vez mais presentes no ambiente corporativo já representa um progresso significativo. Eventos como esse debate se mostram essenciais para manter o debate vivo e garantir que as empresas continuem comprometidas com práticas de inclusão genuínas e estratégicas.
Sing Comunicação e o compromisso com a diversidade
O tema da diversidade, em especial a equidade de gênero na comunicação, não é novidade para a Sing Comunicação. Fundada e gerenciada por mulheres, a agência tem mais de duas décadas de atuação e sempre acreditou no poder da comunicação para construir a reputação de marcas e gerar engajamento.
A agência se diferencia por sua agilidade, respeito à diversidade e compromisso com a liberdade de expressão, integrando entidades respeitadas como a Abracom e a Aberje. A empresa também aposta na formação de talentos, que ainda estão na faculdade, realizando campanhas e rodas de conversa de conscientização sobre os mais diferentes temas. Além de apoiar causas sociais, via doação e/ou divulgação.
Neste ano de 2025, por exemplo, a agência segue fazendo parte do projeto “Keep Working for Change”, com o objetivo de doar as horas de trabalho da força feminina da equipe para instituições que empoderam mulheres e assim colaborar para o crescimento do número de mulheres no mercado de trabalho. Sendo assim, a Sing Comunicação doou 152 horas de trabalho para a Afesu – Associação Feminina de Estudos Sociais e Universitários, uma das primeiras ONGs do Brasil criadas para capacitar e integrar mulheres no mercado de trabalho.
A Afesu é uma das primeiras organizações sociais do Brasil a oferecer educação e qualificação profissional 100% gratuita para mulheres, de 7 a 25 anos, visando inseri-las no mercado de trabalho e capacitá-las para um futuro profissional. Hoje, os projetos da associação beneficiam anualmente mais de 1.000 meninas e mulheres em áreas de alta vulnerabilidade social em São Paulo. Mais de 40 mil pessoas já foram impactadas pela instituição.
14/03/2025