Ainda sobre o SXSW, tivemos a oportunidade de acompanhar o evento organizado pelo Coletivo Internacional de Inteligência Criativa, Asas, mesclando cinema, tecnologia e buscando uma visão humanista em tudo isso que estamos vivendo, já que durante o SXSW conteúdos indicando que estamos perdendo a nossa capacidade de socializar foram frequentes.
Com o apoio da Campari, o evento contou com a presença de Ana Arruda, da Brazilian Hub of Reality, Dilma Campos, inovadora Global em ESG, e Paula Trabulsi, fundadora da Asas, que está à frente do projeto Belas com Asas.
Entre os filmes destacados estiveram:
1927 – Metropolis - filme mudo, clássico, que relaciona pessoas que estão no poder em grandes prédios nas alturas, longa que está prestes a fazer 100 anos, mas se analisado aos dias de hoje, é bem real.
1982 - Blade Runner – no filme, as máquinas ficam mais humanas que os próprios humanos. As máquinas estão sempre para a máxima eficiência e nós, humanos, sempre temos falhas. Onde queremos chegar com a robótica?
1999 – Matrix – o filme previu que seriamos comandando por um sistema, só não sabíamos que esse sistema era o algoritmo, ele levou quatro estatuetas do Oscar e todos, na época, se questionaram, se vivemos numa matrix. Aqui Ana Arruda nos relembrou que no SXSW já foi apresentada um equipamento que grava os sonhos. Será que o próximo passo é interpretá-los? E Dilma Campos trouxe à tona a questão ambiental, já que tecnologia foi avançando sem ser dar conta do que extraímos do meio ambiente para que ela funcione. Também está sendo necessário remodelamento biológico para que possamos dar conta de estarmos conectados com tudo.
2010 - A Rede Social - Foram muitas as discussões, entre elas a propagação de Fake News e a rapidez com que isso acontece, hoje para muitos uma rede antissocial porque tira as pessoas da sociedade, e a lembrança que o Facebook virou um agregador de dados que facilita na hora de se inscrever em apps versus a falta de preocupação em não ler os termos que autorizam a compartilhar dados com qualquer um. E quem está vendendo a Iris, sem saber como isso será usado?
2013 – Her – que se passam, em, acreditem, 2025! Dilma Campos citou pesquisa da HSM que indica que entre 1.2k entrevistados, 52% da população se declarou desacompanhada, 48% dos brasileiros indicaram que a saúde social não está boa, 36% estão tentando melhorar relações, 39% têm dificuldades em relacionamentos amorosos e 38% sofrem com a queda na produtividade e no trabalho, fechando com 12% sem paciência. Aqui foi retomado o Keynote de Kasley Killam, MPH, que durante o SXSW reforçou que estamos perdendo a forma de fazer conexões e se não reaprendermos, viveremos uma epidemia de solidão.
2018 – Jogador No 1 – voltando ao SXSW, agora com realidade virtual. 31 experiências rolaram no evento esse ano, segundo Ana Arruda, que além de games e experiências lúdicas trouxe também situações realistas como a de um grupo indígena sobre a extração de urânio, e em outra experiência, a matança de negros da Georgia, onde ao passar pelos locais onde a catástrofe aconteceu, informações reais contradizendo o que foi publicado sobre, iam surgindo na tela.
2021 - Não olhe para cima – Aqui, foi questionado até onde a desinformação pode nos levar e destacou-se o viés inconsciente. Mas, calma! A resiliência é uma das grandes habilidades atuais e isso é um diferencial do brasileiro, justamente por todas as adversidades que sofremos aqui e ainda temos forças para seguir.
Janaína Leme
Sing Comunicação
20/03/2025